A FALSA DOUTRINA NA IGREJA

                                                                                           

QUEM SERIAM OS NICOLAÍTAS? 

                  Estudo nº05

Esta era uma heresia que se formava já no fim da era apostólica, com os falsos mestres deturpando a Pureza da Doutrina de Cristo e seus Apóstolos. Alguns pensadores; teólogos e escritores comentam que foi a partir da doutrina nicolaíta o surgimento da ideia de uma casta especial e superior na Igreja, ou seja, o chamado Clero. Indo além, formou-se a ideia de uma hierarquia eclesiástica dentro deste mesmo clero. Há uma grande probabilidade, de que estes nicolaítas, dos quais muito pouco se sabe, sejam os formadores do pensamento do Clero Romano e, portanto, seus antecessores.

Eles estavam no final do séc. I, infiltrados nas igrejas de Cristo como podemos ver no texto base. Evidentemente, este desejo de exercer poder sobre o povo, disseminou entre muitos homens de liderança nas igrejas, movido pelo instinto carnal de domínio, pela soberba e pela torpe ganância de posição e riquezas. Especialmente entre os pastores das grandes igrejas, nos grandes centros, com congregações numerosas, tornava-se uma tentação estabelecer uma ostentação de poder sobre o rebanho e outros pastores de rebanhos menores. É claro que, com o apoio de Constantino (no começo do séc. IV) definitivamente o Bispo de Roma conquistou esta supremacia.

Não fora o Nicolaísmo, não existiria o erro de uma igreja universal, com sede em algum lugar. Como todos nós sabemos; nem mesmo a primeira Igreja, formada por Jesus pessoalmente, em Jerusalém, tinha autoridade sobre as demais. Veja em Atos 15, a postura da Igreja de Jerusalém com relação a Antioquia, como mãe que exorta a seu filho independente num momento de necessidade, mas não considera justo lhe impor nada. Observe-se, ainda, o próprio falar dos Apóstolos Pedro e Tiago (que estavam em Jerusalém e não em Roma), como não exercem eles domínio sobre a Igreja, mas servem como conselheiros junto a Ela e com o Espírito Santo.

Nicolaítas, não são, portanto, como muitos pensaram, seguidores de um “tal Nicolau”, nem do papai Noel (São Nicolau), mas os partidários da ideia de uma hierarquia dominante dentro da Igreja.

Esta heresia tem levado falsa doutrina na igreja. 

Tem influenciado o pensamento de muitos religiosos que pensam galgar degraus na escada da Fama, Fortuna e Força. Mas não deve ser assim nas Igrejas de Cristo! Em Marcos 10.42-44 podemos ver claramente o Seu ensino de que o “Grande” é o que serve e não o que manda. Nós devemos fazer a mesma coisa, combater a heresia; porém nunca cabem a nós o julgamento de tais pessoas, igrejas, pastores e líderes. Todo o julgamento vem de Deus.

A igreja em Éfeso além de combater a doutrina dos nicolaítas também não suportavam os homens maus,“Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.” (V.2:2)
A igreja contemporânea precisa do mesmo zelo da verdade que havia na comunidade de Éfeso. Precisamos combater e tirar a prova àqueles que se dizem profetas e apóstolos. Elas devem ser avaliadas conforme a palavra de Deus. Muitas pessoas que alegam trazer novas revelações são mentirosas.
”Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gl 1:8-9).
Assim como em Éfeso; muitos hoje defendem sua teologia, sua fé, suas convicções e costumes e até sofrem por essas convicções, mas não se deleitam mais em Deus. Infelizmente o amor por Jesus está sendo substituído pelo zelo religioso; por falsas revelações ou por meros interesses pessoais.
A afeição por Jesus já não existe mais. Em muitas igrejas já não se faz mais as obras com um coração puro, olhando para Cristo, mas sim olhando para as finanças. O verdadeiro amor se esfriou; o primeiro amor já é coisa do passado. Que tristeza! No próximo estudo eu apresento um pequeno relatório do provável pecado e suas consequências na igreja de Éfeso. Um abraço do pastor e teólogo Antonio Lourenço.

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